A pousada tem como idealizador o proprietário Olivier, que é francês, e veio pela primeira vez ao Brasil, a Salvador, e mais particularmente ao bairro do Rio Vermelho, no âmbito de um congresso internacional em 1986.

Sem falar nada em português, apaixonou-se imediatamente pela cidade e pelo bairro do Rio Vermelho em particular.

Foi então que começou a estudar o idioma e todos anos voltava a Bahia.

A partir dessa época, decidiu liquidar seus negócios na França para vir se instalar no Rio Vermelho.

Em 2012, comprou o edifício onde hoje se encontra a Pousada.

O objetivo para ele era morar neste bairro tão festivo e animado fazendo um apartamento no último andar com uma vista soberba para a praia dos pescadores e a igreja de Iemenja.

Ele não tinha planos específicos para o uso do prédio. E nunca tinha trabalhado antes com hospedaria…

Foi só depois de um período bastante longo de reflexão que o projeto da Pousada foi escolhido.

Sendo a estrutura do edifício recente e de excelente qualidade, não foi necessário destruí-lo.
O trabalho de reestruturação total começou em outubro de 2013 e vai continuar até o início de 2017.

Tudo, absolutamente tudo mudou.

O nível de acabamentos e pormenores do edifício, deve-se ao fato de o próprio proprietário aí residir.

Nunca se comportou como um simples empresário que gostaria de lucrar o máximo com o mínimo de investimento: pelo contrário, fez a sua própria casa.

Ele aprecia todos os dias todos os detalhes, modificações, melhorias.

Originalmente, por sobriedade cultural, ele decidiu usar apenas 3 cores, azul claro, cinza claro e branco.

Aos poucos e porque estamos no Brasil, coloriu a Pousada piscando para vários artistas como Brito, Picasso, Jean Cocteau, Alexandre Benjamin Navet.

Não quis trazer um decorador que pudesse fazer um trabalho certamente mais completo, mais coerente, mais convencional, mais afinado com os tempos…

Ele deixou deliberadamente um mundo com tais decorações, profissionalismo quase perfeito étnico, industrial, minimalista ou neoclássico, ele não tinha vontade de reproduzir este modelo.

A decoração da Pousada é mais eclética porque ele próprio o é, e o afirma.

Nas vigas da sala do térreo, foram pintadas fórmulas latinas. Essas eram as fórmulas que ele enviava a seus clientes no Ano Novo todos os anos.

Parte do teto desta sala é cravejado de estrelas pintadas como no templo egípcio de Hatschepsut.

Assim como no Templo de Delfos, a primeira citação inscrita na entrada da Pousada é “Conhece-te a ti mesmo”.

Muitos lugares da casa transmitem mensagens que implicitamente constituem uma espécie de iniciação…

A Pousada é também um Café-Philo

Olivier é um homem livre, cidadão do mundo, que se enriquece com as suas experiências e que gosta sempre de se projetar para novos horizontes.

Ele passou quase toda a sua vida à beira da água, primeiro no Mar Mediterrâneo e depois no Oceano Atlântico.

Depois de tanto ver o azul, é o verde da serra que hoje o atrai.